21.12.08

Poema de Mario Henrique

Queridos amigos,
Logo depois que voltei escrevi um poema, que ficou uma semana sem nome, mas dediquei-o a uma pessoa querida e tive que dar um nome por coincidência ou sincronicidade , então resolvi colocar ele aqui... pois acredito que nada é por acaso.

ATLÂNTICO SUL
Mário Duques

Diamante do atlântico sul, Que provoca convulsões lascivas por todo tecido eptelial, Dá-me a liberdade da mão estendida, refletida apenas nos dourados quando acordam juntos, Antes e até esquecidos de adormecer em raios de sol, de um outono onde os ventos murmuravam segredos e ríamos dos castanhos olhos , outrora cúmplices dos nossos sorrisos,como criança à espera de algodão doce feitos com a bruma do mar.Deitávamos dentro e fora dos sentimentos molhados de nosso escolho predileto, ancorando memórias de felicidades que permearam nossos sonhos nômades, de galáxias distantes , terra de unicórnios, minotauro e ficávamos esperando o momento certo para esticar nossos corpos e deixar que as estrelas passassem ao fundo entregando pedidos enquanto flertávamos sabores de nossas línguas silenciosas, Ávidas por contato e tão vibrante que pareciam o roxo quando correm para se esconder do vermelho, Revelando o instante exato onde os limites perdem suas bordasTal qual o amarelo espalhado num quadro de van goh, Que não quer mostrar suas intenções e delira ser pastelOlho e deixo a vista descansar distante,Onde possa escutar uma música cantarolada ao fundo Vertida por teus lábios dançantes, Semeando devaneios de criança repousada em teu coloA alma desejante de descobrir teus mistérios, E a mão estendida entre o inverno e a primavera, Sonhando em tocar com o calor de tua rubra faceMomentos de azuis profundos, Onde o riso se espalha à procura de teu encontro,E os lilases aparecem contornando a luz com divertidos tons de alegria,Que se criam apenas quando o laranja, que nos abraça, explode no crepúsculo do mais alto verãoE a Lua deita-se sobre o espelho líquido prateadoE fica a observar as mãos unidas, enquanto à noite.Ainda não recobriu com lençóis de sedaOs caminhos que levam ao sono,Onde adormecemos o nosso amor.Vem apressa-te! Podemos esperar juntos pela primavera!E deixar que caibam vontades entre o magenta e o espaço,Sentaremos a beira de um rio, e libertaremos todas as cores.Para ver como elas brincam na primavera,Pois a primavera é o carnaval das cores.Se plantarmos agora, colheremos verdes, topázios, rosas e arroxeados,Toda sorte de cor de um mundo antes só imaginado,No brilho que emanava de um diamante do atlântico sul E o seu sempre eterno amado.

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