27.2.09

Meio galeto completo para não empanturrar a boyzinha!



A equipe elaborando a estratégia de ataque em direção ao Recife ANTIGO.
E como dizia Esteninho “pede Meio galeto completo para não empanturrar a boyzinha!

Diáriodepernambuco

PRA PODER VOAR




Meu cavalo tá pesado, meu cavalo quer voar...
Atuar pra poder voar...
atoar pra poder voar...

Evoé!!!!

26.2.09

Enquanto Isso, no Baixo Gávea...



beijos para Jura no Me Beija Que Eu Sou Cineasta!

19.2.09



"Este não ano vai ser,
Igual aquele que passou,
Eu não brinquei,
Você também não brincou,
Aquela fantasia,
Que eu comprei ficou guardada,
E a sua também, ficou pendurada

Mas este ano está combinado,
Nós vamos brincar separados.

Se acaso meu bloco,
Encontrar o seu,
Não tem problema,
Ninguém morreu,
São três dias de folia e brincadeira,
Você pra lá e eu pra cá,
Até quarta feira.

Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá, lá, la, lá."

17.2.09

soneto de fidelidade



De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

vinicius de moraes

16.2.09

Produto e Produção


desenho de Mário Duque

Clarice

Restos de Carnaval

Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - à idéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.
Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.
in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

FIGURINE


12.2.09

2000 IN LOVE



Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um
Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um
Bateu asa, foi embora, desapareceu
Nós vamos sair sem ele
Foi a ordem que ele deu
Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um
Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um
Ele que era o porta-estandarte
E que fazia alaúza zum, zum, zum
Hoje o bloco sai mais triste sem ele
Tá faltando um
Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um
Oi zum, zum, zum, zum, zum, zum
Tá faltando um.
Zum, Zum, Paulo Soledade/Fernando Lobo. Copyright 1950 by IRMÃOS VITALE S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO. Todos os direitos autorais reservados para todos os países. ALL RIGHTS RESERVED. INTERNATIONAL COPYRIGHT SECURED.

Aquariu´s




Alinhamento Aquariano de 14/fev/2009 por Jude Currivan PhD

Nós medimos nosso sentido global de espaço ( latitude e longitude) e tempo ( tempo universal - UT ou GM ) desde o meridiano localizado em Greenwich, Inglaterra. Nós podemos perceber a influência coletiva do MOMENTUM desde evento astrológico, olhando para este alinhamento desde uma perspectiva global centrada.
Quando fazemos isso, algo extraordinário emerge ..

No alvorecer do dia 14/fevereiro, dia dedicado à São Valentim nos Estados Unidos e Europa( Valentine´s Day ), o patrono e Santo do Amor; a lua em Libra entra na sétima casa dos relacionamentos; e Jupiter e Marte estarão alinhados no signo de Aquarius na décima segunda casa da transformação espiritual.

Quarenta anos atrás, as palavras intuitivas de uma canção chamada Aquarius, trouxe o alvorecer da Nova Era ao Consciente Coletivo :



"When the Moon is in the seventh house

and Jupiter aligns with Mars.



Then peace will guide the planets
and love will steer the stars "

" Quando a Lua estiver na sétima casa

e Jupiter se alinhar com Marte,

Então a PAZ guiará os planetas

e o Amor varrerá as estrelas "

No alvorecer do dia 14/fevereiro, o Cosmos realmente vai personificar este perfeito alinhamento que irá apoiar nossa manifestação coletiva de Amor e PAZ, no alvorecer da Era de Aquarius.

Veja mapa astral do dia 14/fev que revela uma incrível concentração de influências cósmicas combinando com as energias de Aquarius na décima segunda casa.

Júpiter: o planeta da expansão e Marte: planeta da energia estarão alinhados com o objetivo mais elevado

A presença de Quíron, o curador ferido; nos oferece a oportunidade de curar os fatos que nos separaram durante tanto tempo de nós mesmos e do todo.

Netuno enfatiza os movimentos humanitários coletivos e a co-criação da justiça social.

A presença do SOL ilumina todo este alinhamento especial.

Mercúrio tambem na décima segunda casa apenas um pouco alem de Capricórnio, se alinha com Plutão que significa Transformação para se comunicar e ancorar a MUDANÇA através de nossas estruturas globais e instituições.

A Lua em Libra na sétima casa enfatiza o início de relacionamentos harmoniosos.

Venus em Aries na primeira casa energiza e dá Poder à co-criatividade e ao dinamismo.

Saturno, o grande mestre do trabalho em oposição à Urano, o desperto inesperado; sugere uma série de confrontações dos velhos paradigmas que não são mais sustentados, entregando-se ao novo paradigma com novas esperanças; sua colocação entre Virgem e Peixes traz altruísmo prático e inspiração visionária nesta transição.

Durante os 18 minutos do alinhamento, eu convido você, em seu coração universal, para colocar sua intenção de AMOR e PAZ e juntos CO-CRIARMOS O ALVORECER DA ERA DE AQUARIUS no Cosmos .

Na forma que mais for apropriada para você, energize este momento com suas INTENÇÕES E ORAÇÕES e juntos criaremos uma onda de energia que abraçará a Mãe Terra.

Sinta-se à vontade para circular esta informação, o mapa astral abaixo e nosso convite para este incrível evento Cósmico : O NASCIMENTO DA ERA DE AQUARIUS, conforme cantado há 40 anos na música AQUARIUS ...

Participe deste grande MOMENTUM e CO-CRIE SUA NOVA REALIDADE E SUA NOVA VIDA NA MÃE TERRA AGORA ...



©

11.2.09


Be Yad Hazaka u Bizroha Netuya
(com mão forte e braço estendido).

9.2.09

O Globo bo bo! Quando caíram na água ensaiando o vocal!!! Quê,quê,quê.....



Domingo, dia 8 de fevereiro, no jornal O Globo, o maior em circulação e número de leitores em todo o Brasil (880 mil aos domingos).

é 01,é 10,é 100 Carmen



Sapato bico fino, paleto de linho, um grande baile eu vou dançar, Betinha vem ca, vem ca...
Bem agarradinho com rostinho coladinho um samba jazz vai encontrar, menina vem ca, vem ca... la laia
Dança o folk's trote, tambem dança o bolero, eu canto o chorinho pra começar, betinha vem ca, vem ca, lalaia... Se você dança um tango, maxixe pode encontrar, olha a roda de bamba, convidei pra dançar, Dança o folk's trote, tambem dança o bolero, rock'n roll quer penetrar, betinha vem ca, vem ca, lalaia... pa pa pa pa!!!
Eddie

4.2.09

HEDONISMO

compartilhando...


HEDONISMO = PRAZER= ARTE DE SER= sabedoria


Há tempos venho ruminando sobre isso. Conheço muitas pessoas que vão ao cinema, a boates e restaurantes e parecem eternamente insatisfeitas. Até que li uma matéria com a escritora Chantal Thomas na revista República e ela elucidou minhas indagações internas com a seguinte frase: "Na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer".
Lazer e prazer são palavras que rimam e se assemelham no significado, mas não se substituem. É muito mais fácil conquistar o lazer do que o prazer. Lazer é assistir a um show, cuidar de um jardim, ouvir um disco, namorar, bater papo. Lazer é tudo o que não é dever. É uma desopilação. Automaticamente, associamos
isso com o prazer: se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. Simplista demais.
Em primeiro lugar, podemos ter muito prazer trabalhando, é só redefinir o que é prazer. O prazer não está em dedicar um tempo programado para o ócio. O prazer é residente. Está dentro de nós, na maneira como a gente se relaciona com o mundo. Chantal Thomas aborda a idéia de que o turismo, hoje, tem sido mais uma imposição cultural do que um prazer. As pessoas aglomeram-se em filas de museus e fazem reservas com meses de antecedência para ir comer no lugar da moda, pouco desfrutando disso tudo. Como ela diz, temos solicitações culturais em demasia. É quase uma obrigação você consumir o que está em evidência. E se é uma obrigação, ainda que ligeiramente inconsciente, não é um prazer. Complemento dizendo que as pessoas estão fazendo turismo inclusive pelos sentimentos, passando rápido demais pelas experiências amorosas, entre elas o casamento. Queremos provar um pouquinho de tudo, queremos ser felizes mediante uma novidade. O ritmo é determinado pelas tendências de comportamento, que exigem uma apreensão veloz do universo. Calma.
O prazer é mais baiano. O prazer não está em ler uma revista, mas na sensação de estar aprendendo algo. Não está em ver o filme que ganhou o Oscar, mas na emoção que ele pode lhe trazer. Não está em faturar uma garota, mas no encontro das almas. Está em tudo o que fazemos sem estar atendendo a pedidos. Está no silêncio, no espírito, está menos na mão única e mais na contramão. O prazer está em sentir. Uma obviedade que merece ser resgatada antes que a gente comece a unir o útil com o útil, deixando o agradável pra lá...!!!
Jose Arreguy Pimentel

Jardel e Miramar (bairro de Havana, Cuba)



Dizem que Dom Jardel, um senhor de origem cubana, radicou-se na cidade de Olinda no bairro de Jardim Atlântico em meados da década de 70, trazendo em sua bagagem influências da cultura oriunda de sua descendência. Por gostar muito de música e de pesquisar novas sonoridades, Dom Jardel viajou por diversos lugares do mundo em busca do seu objetivo. Porém, foi em Olinda que encontrou um lugar ideal para absorver as informações pesquisadas por ele.

2.2.09

As duas cidades



Mas antes de ir ao mar,
onde minha fala se perde,
vou contar da cidade
habitada por aquela gente
que veio em meu caminho
e de quem fui o confidente.
Lá pelo Beberibe
aquela cidade também se estende
pois sempre junto aos rios
prefere se fixar aquela gente;
sempre perto dos rios,
companheiros de antigamente,
como se não pudessem
por um minuto somente
dispensar a presença
de seus conhecidos de sempre.

João Cabral de Melo Neto