12.3.09

Baobá


Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), do continente africano e da Austrália (com uma espécie em cada).
O padre declarou, ainda, ter conhecido um baobá, na África, cujo tronco era realmente enorme, atingindo vinte e seis metros de diâmetro. Nele, havia dois quartos, que eram usados por uma família como casa e loja. Cabe observar que, em Kimberleys, uma área da Austrália Ocidental, há registros de prisioneiros encarcerados dentro de troncos de baobás.



Todos os elementos dessa árvore são úteis para a sobrevivência do ser humano e representam, também, uma fonte preciosa de medicamentos. O pó originado de suas folhas secas, trituradas, tem sido usado para combater anemia, raquitismo, diarréia, reumatismo e asma. As folhas são utilizadas, ainda, como alimentos. Por serem ricas em cálcio, ferro, proteínas e lipídios, elas são trituradas e misturadas em sopas, ou adicionadas a cereais, para enriquecer a alimentação das crianças. Esse pó, inclusive, misturado com água, transforma-se em uma bebida parecida com o leite de coco. As raízes das mudas de baobás, quando são devidamente cozidas, tornam-se similares ao aspargo. As sementes, repletas de óleo vegetal, são assadas e consumidas. A polpa branca e as fibras de seus frutos contêm um alto teor de vitamina C e servem para combater a febre, a malária, o sarampo e a catapora, além de inflamações no tubo digestivo. Os aborígenes costumam comer as frutas dos baobás e usam suas folhas como plantas medicinais.



No que diz respeito à construção civil e à carpintaria, o baobá só é utilizado quando não há outro material disponível. Contudo, em certas regiões, as pessoas escavam o seu tronco e utilizam-no como cisterna comunitária. A madeira do baobá serve para fabricar instrumentos musicais e, o seu cerne, rende uma fibra tão forte, que é usada na fabricação de cordas e linhas. As conchas dos seus frutos são aproveitadas como tigelas.



Na capital de Pernambuco, os raros baobás que resistiram ao desmatamento e à depredação ambientais, foram tombados pela Prefeitura da Cidade e pelo Ibama, em 1986. No Recife, essas árvores podem ser apreciadas na Praça da República (em frente ao Palácio do Governo); na Praça da Sudene (no bairro de Santo Amaro); na rua Coronel Urbano Ribeiro Sena (no bairro do Fundão); na rua Madre Loiola (em Ponte d’Uchôa); e no Poço da Panela (nos terrenos limítrofes de duas casas que se situam, respectivamente, nas ruas Professor Edgar Altino e Bandeira de Melo).



Fora da Região Metropolitana do Recife, também são poucos os baobás que escaparam da destruição. Contados nos dedos, eles podem ser observados no Engenho Poço Comprido (em Vicência); na área do Complexo Portuário de Suape (no município do Cabo); na Usina Ariepibu (em Ribeirão); no Sítio Capivarinha (em Sanharó); na Fazenda Pitombeiras (em Serra Talhada); no município de Tacaratu; na praia de Porto de Galinhas e na Vila de Nossa Senhora do Ó (ambos no município de Ipojuca). Nessa Vila, existe um baobá com quinze metros de diâmetro e mais de trezentos e cinqüenta anos de existência.

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